quinta-feira, 24 de março de 2016

A tônica Schweppes de 7 euros na Itália

Eu e a Ká em algum dos pontos turísticos da Itália, em 2008

Em 2008 fui com minha amiga Karla estudar espanhol por três semanas em Barcelona. Tiramos cinco semanas de férias e, na primeira e na última, conhecemos alguns lugares bem bacanas na Inglaterra, Bélgica, França, Portugal e Itália.

Já tinham me avisado pra eu passar longe de tomar qualquer suco ou refrigerante nos restaurantes das Las Ramblas, famosas ruas largas de Barcelona, por serem muito caros.

Mas não usei a mesma linha de raciocínio (de evitar comer ou beber em locais cheios de turistas) para a Itália e, em uma praça bem linda e movimentada, paramos em um restaurante para apreciar a vista.

Como chamariz tinha uma lousa com um preço bom de bruschetta (antepasto feito com pão tostado, azeite, alho e tomate). Nos acomodamos e eu pedi uma tônica Schweppes para acompanhar. Tudo uma delícia até chegar a conta. 

Não perguntei o preço antes e, por isso, tive de pagar 7 euros na tônica (na época, praticamente R$ 21). :(

O segredo é não perder o bom-humor em situações como essa...rs

sexta-feira, 18 de março de 2016

Amigos que fazemos pelo caminho

Reencontrei a Josy depois de três anos, em Castel del Rio, na Itália
Em 2012 eu estava voltando de férias da Europa e peguei um voo ao lado da Josy (brasileira que mora na Itália) e sua filhinha, Hillary. Entre filmes e dormidas conversamos bastante e nunca mais perdemos o contato. 

Considerando que eu tinha perdido o voo para o Brasil no dia anterior (neste post tem os detalhes), realmente era pra gente se conhecer. :)

Três anos depois, fiz uma mudança no roteiro da Itália e uma mini maratona de trem e ônibus para visita-la em Castel del Rio, uma cidadezinha de 1.600 habitantes próxima a Ímola. 

Fomos até o restaurante que ela trabalha, Albergo Gallo, e tivemos um dos melhores almoços italianos de todos os tempos!

Depois de conhecer a Sandra em Manaus, fomos juntas para a Chapada Diamantina, no Carnaval de 2015

Já em 2014, fui visitar amigos queridos (Rê, Júlio, Vitória e Vini) e conhecer Manaus. Quando estávamos no teatro Amazonas perguntamos para a guia onde poderíamos almoçar e a Sandra (maranhense que mora em Salvador) perguntou se poderia se juntar a nós.

A conexão foi tão instantânea que combinamos juntas os passeios dos próximos dias. E não paramos por aí: já nos encontramos em São Paulo algumas vezes e, no Carnaval de 2015, viajamos juntas para a Chapada Diamantina, na Bahia. 

Tão bom quanto viajar é conhecer pessoas incríveis e poder compartilhar nossas vidas com elas e vice-versa. 




terça-feira, 15 de março de 2016

A calça de R$ 20 na Polônia e o direito do consumidor


Consegui comprar esta calça pela metade do preço porque o valor da etiqueta estava errado

Teoricamente, cada país deve ter o seu Código de Defesa do Consumidor e a gente imagina que, mesmo que as regras sejam diferentes, o consumidor seja respeitado. Mas existem lugares em que o que prevalece é a cultura e os costumes locais.

Muitas vezes os brasileiros têm o hábito de ver "com as mãos". Em outros países isso nem sempre é bem visto.

No ano passado estava em uma barraquinha de Florença, na Itália, e minha mãe pegou em uma pashmina para sentir a textura. O vendedor só faltou nos xingar.

Em Israel, os comerciantes das coloridas lojas do Mercado Árabe da Cidade Velha de Jerusalém gostam de negociar e até esperam que os clientes pechinchem os preços. Mas existe uma regra entre eles: se o cliente encostar na mercadoria significa que vai levar. Cheguei a presenciar uma cena que o dono da loja só faltou expulsar o possível cliente porque ele só queria saber o preço, mas já estava com o objeto em mãos.

Há alguns meses entrei em um shopping na Cracóvia, na Polônia, e fui até a H&M. Gostei de uma calça e, enquanto estava vendo a numeração, percebi que o mesmo modelo tinha etiquetas no valor de 20 e 40 zlots (o equivalente a 20 e 40 reais). Perguntei o preço correto (40 zlots) para a vendedora e fui ao provador experimentar.

Decidi levar a calça desde que pudesse pagar 20 zlots. Chamaram a gerente e, em inglês, expliquei que, como consumidora, tinha o direito de pagar o menor valor. Ela tentou argumentar que o preço correto era 40 zlots, mas acabou cedendo e eu saí feliz com a minha calça nova. :)

sexta-feira, 11 de março de 2016

Quando tudo dá errado, mas dá certo

Esta cancela gigante desceu em cima do meu carro
Em 2010 fui conhecer a Califórnia. Estava em San Francisco e, em um dos dias, passei na frente da bilheteria de Alcatraz e parei para comprar ingresso. Enquanto estava na fila, fiquei sabendo que não tinha mais para o mesmo dia, mas logo veio uma mulher perguntar se alguém estava sozinho e queria ingresso. Levantei a mão e ela me deu, sem eu precisar pagar nada.
Fiquei feliz por economizar 26 dólares (aproximadamente R$ 93,00) e, na mesma hora, pensei: - “Será que isso aconteceu pra compensar algo de ruim na viagem?” No momento seguinte, achei um absurdo pensar dessa maneira e peguei o barco para Alcatraz.
Alguns dias depois, lembrei desse episódio. Sabe aquelas situações em que parece que tudo está dando errado?
Estava em uma locadora de carros e tive um problema com meu cartão de crédito, devido a uma compra que caiu no dia seguinte e comprometeu o limite. Eu tinha dinheiro na conta, no Brasil, mas não naquele momento.
Não consegui alugar e precisei pegar táxi para uma estação de trem. Depois de perguntar para várias pessoas, descobri que teria de pegar um ônibus, mas ele já havia passado e era o último daquele dia. Falei com Deus: - “Não sei o que o Senhor quer me ensinar com tudo isso, mas eu quero aprender, de verdade.”
Peguei outro táxi e fui até uma estação rodoviária. Fiquei bem apreensiva, porque não sabia quando conseguiria resolver tudo e o dinheiro que tinha não seria suficiente para passar mais uma semana nos Estados Unidos.
No ônibus, conheci uma brasileira, que me deu a ideia de parar em Santa Bárbara. Ainda bem que segui o conselho dela, porque em San Luis Obispo a rua estava totalmente deserta, e não passou nenhum táxi enquanto o ônibus ficou parado.
Desci pra pagar a diferença (12 dólares) e, quando o funcionário pegou o dinheiro, foi perguntar algo pra motorista, voltou e disse que eu não precisava pagar.
No dia seguinte, consegui resolver a questão do cartão, peguei um táxi (com o dinheiro que a brasileira me deu), fiz o check-in mais cedo do que esperava, às 9h (de acordo com a reserva, só poderia entrar às 14h30) e pude descansar.
Saí pra alugar o carro e a locadora não tinha nenhum disponível. Quando eu já tinha ido para o ponto de ônibus, senti que devia voltar na locadora. Nisso chegou o supervisor do funcionário, mexeu no sistema e disse que teria um carro pra mim. Saí de lá dirigindo!
No dia seguinte, eu estava morrendo de sede e minha água tinha acabado. Fiquei na dúvida se iria até o centro da cidade comprar ou se seguiria viagem. Coloquei a bagagem no porta-malas e, como uma delas ficou atrapalhando minha visão, decidi colocá-la no banco traseiro. Quando abaixei pra ajeitar a mala, olhei debaixo do banco do motorista e, pra minha surpresa, vi uma garrafa. Puxei e era um suco lacrado. 
Em outra situação, escapei por pouco de ter o carro guinchado. Cheguei segundos antes e implorei pro policial não levar. Tomei uma multa de 60 dólares, mas paguei só no Brasil e foi bem melhor do que os 250 dólares que teria de pagar se o carro fosse guinchado.
Cheguei à noite em San Diego e não conseguia achar o hostel. Não havia nenhum lugar para estacionar, eu estava na rua certa, mas a numeração não estava batendo.
Parei em um cruzamento, entre a linha do trem e o semáforo. Alguns segundos depois, ouvi um barulho enorme e levei um susto quando percebi que uma cancela havia abaixado em cima do carro. Enquanto o trem estava passando, três moços vieram me ajudar, levantaram a cancela e eu dei ré.
Quando o farol abriu, consegui dar a volta e, depois de muito procurar, encontrei um estacionamento. Desci pra ver o estrago e não havia um arranhão sequer no carro, absolutamente nada. Foi um verdadeiro milagre, considerando o estrondo e o tamanho da cancela (equivalente a duas pistas da rua)!
Para finalizar, quando voltei ao Brasil, passei pelo Duty Free e vi que tinha sobrado 12 dólares, exatamente o dinheiro que não precisei pagar no ônibus. :)

quarta-feira, 9 de março de 2016

10 links úteis para planejar uma viagem


A lista poderia ser bem maior, mas com esses links já é possível ter bastante informação para viajar:

Anvisa - informações sobre vacinas obrigatórias (por exemplo, para entrar na Austrália é obrigatório ter a carteirinha de vacinação de febre amarela)

Booking.com - compara preços de hotéis e hostels

Hora Certa - fuso horário pelo mundo

Melhores Destinos - promoções de passagens aéreas, dá para se cadastrar para receber a newsletter gratuitamente

Mundo dos Vistos - mostra os países em que é preciso visto (e oferece o serviço de auxílio para consegui-los)

Portal Brasil - notícias do Governo sobre impostos, documentos necessários para viagens internacionais, destinos, participação do Brasil em feiras etc.

Skyscanner - compara preços de passagens aéreas, hotéis e aluguel de carros

Trip Advisor - avaliações de outros viajantes sobre pontos turísticos, hotéis e restaurantes

Viaje na Viagem - comandado por Ricardo Freire, tem muitas dicas de viagens e é um dos meus blogs preferidos sobre o tema

Weather Channel - para arrumar a mala é fundamental ter uma ideia da previsão do tempo (ao lado da janela de busca é possível trocar Farenheit por Graus Celsius, pode ser o Climatempo também




sexta-feira, 4 de março de 2016

Momento diva: tirando foto com estranhos

Com ilustres desconhecidos em Titlis, nos Alpes Suíços 
Em 2012 aproveitei uma ida à Europa para conhecer a Suíça. É um país lindo (e bem caro)! Conheci a sede da ONU, em Genebra, passeei por Zurique e amei a cidadezinha de Lucerna.

Mas, definitivamente, foi na minha visita à Titlis, nos Alpes Suíços, que vivi a situação mais inusitada da viagem.

Um casal oriental me abordou mostrando a câmera e pensei que eles quisessem uma foto deles. Prontamente estendi a mão, mas a mulher não me entregou a máquina. Fez sinal para eu ficar ao lado de seu marido e "click", fez uma foto nossa. Pensei: Como assim? Será que me confundiram com alguém?

Continuei andando e um grupo de quatro moços asiáticos pediu pra fazer foto comigo. Aceitei, mas fiz questão de pedir para um deles registrar o momento com a minha câmera também...rs

No mesmo dia, de volta à Lucerna, algumas pessoas me cumprimentaram na rua, dando boa tarde ou acenando com a cabeça. Praticamente me senti uma celebridade. :)




quinta-feira, 3 de março de 2016

Dez Mandamentos de uma viagem

Qualquer semelhança não é mera coincidência... ;)


Planejarás antes mesmo de teres o dinheiro

 Sonharás e estudarás os roteiros (hoje em dia tem muita dica valiosa de hospedagem, alimentação e atrações na internet em blogs, TripAdvisor etc.)

Pesquisarás dias e horários de funcionamento dos lugares (já aconteceu de fecharem a porta da Torre de Belém, em Portugal, na minha cara - literalmente!rs)

Estarás consciente de que imprevistos acontecem (esquecer de devolver a chave de um apartamento, chuva, estrada interditada, bloqueio de cartão de crédito, cancela abaixar em cima do carro, pequenos acidentes de trânsito - um carro bater no ônibus em que você está e depois o motorista do carro pegar o microfone e pedir desculpas a todos pelo transtorno)

Serás flexível (quase nunca dá pra seguir roteiros à risca, aproveite ao máximo tudo o que for possível e, se estiver com mais gente, entre em um consenso sobre onde ir, o que fazer etc.)

Levarás cadeados a mais, sapatos confortáveis, munhequeira, lixa de unha, creme com cânfora para as pernas e os remédios que você costuma tomar pra cólica, dor de cabeça, dores musculares

Farás a sua mala levando o estritamente necessário e deixando espaço para possíveis comprinhas (já fiz viagens de 35 dias saindo de casa com 13kg de bagagem) - uma saída para o espaço é comprar aqueles sacos que você tira o ar com o aspirador

Se estiveres com bagagens médias/grandes fugirás de lugares com escadas - mesmo sabendo dos 133 degraus de um hostel, não imaginei que eles estavam distribuídos em seis lances de escada e tive de subir e descer com nossas coisas sem ninguém pra ajudar...kkk

Não deixarás que nada e ninguém estrague seus momentos tão sonhados e esperados de lazer (fugindo de pessoas mal-humoradas, que só reclamam, rindo de si mesmo e respeitando seus limites físicos)

10º Colecionarás experiências, fotos e micos para teres histórias para contar aos velhos e novos amigos até planejares o próximo destino

quarta-feira, 2 de março de 2016

Bahia just to start

View from Morro do Pai Inácio  - Chapada Diamantina/Bahia
One of my favorites Brazilian States is Bahia. 
The variety of beauties, beaches, culture and food fill the eyes and the soul of good things.
I've been to Salvador, Itaparica Island, Morro de São Paulo, Itacaré, Ilhéus, Chapada Diamantina and other incredible places.
If you want to try different types of spices, fish, flours, fruits and juices it will be the right State to start visiting Brazil.

Salvador
Some places to visit: Pelourinho, Modelo Market, Elevator Lacerda (to Upper Town) and beaches (Farol da Barra, Rio Vermelho, Itapoã)

Itaparica Island
Book a tour during one day, go by boat and just relax enjoying the view

Morro de São Paulo
You can book a tour during one day but it's better to stay more days and visit all the five beaches

Itacaré
Practice stand-up paddle, visit the beaches (Prainha, Itacarezinho, Havaizinho), eat "tapioca" and buy local handicraft

Ilhéus
Visit the beaches, downtown city, the Bataclan Café and Jorge Amado House of Culture Museum (Jorge Amado was a Brazilian writer and his work has been translated into 49 languages and popularized in the movie Dona Flor and Her Two Husbands)

Chapada Diamantina 
You can visit the Chapada Diamantina National Park and see many caves, mountains and waterfalls like Gruta Azul, Gruta da Pratinha, Cachoeira do Buracão and Morro do Pai Inácio 


terça-feira, 1 de março de 2016

Como lidar com as tomadas e não queimar o secador



Se você nunca queimou um secador de cabelo ou um carregador de pilhas em uma viagem, meus parabéns! 

Antes de viajar costumo fazer uma pesquisa  sobre voltagem, padrão das tomadas e afins. Mesmo assim, em 2014 fui para a Austrália e para a Nova Zelândia (depois faço um post sobre esses destinos incríveis!), e quase queimei o meu secador por esquecer de mudar a chave de 110 para 220V.

Já o carregador de pilhas foi um vacilo, mesmo, porque pensei que ele fosse bivolt, mas não era e precisei comprar outro.

Dica de ouro: uma boa forma de não passar apuro é ter um extensor de tomadas, um carregador portátil, pilhas extras e um adaptador universal. ;)

Particularmente não gosto de transformador por considerar pesado para levar na mala.